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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O soberbo comercial exibido durante o Super Bowl 2012 causa rebuliço político

Já classificado como o melhor anúncio político da campanha presidencial (e que até levanta gritos de ‘Clint for President’), o anúncio de Clint Eastwood para a Chrysler – especial para o ‘half-time’ da Super Bowl , se transformou em uma polêmica no meio político dos Estados Unidos. O anúncio foi exibido durante o intervalo do Super Bowl, a final da Liga Nacional de Futebol Americano.  Nele, o ator e diretor faz um contraponto entre a pausa do jogo e o atual momento do país. Fala sobre a crise pela qual os EUA estão passando, enfatizando a recuperação do setor automobilístico de Detroit, um dos mais importantes  – tudo isso com uma música bem emocionante ao fundo. Logo no ano das eleições presidenciais, o comercial foi encarado pelos republicanos como uma propaganda do governo do atual presidente dos EUA Barack Obama, que tentará a reeleição. O curioso, é que Eastwood é republicano assumido e inveterado. As críticas não recaem somente a Clint. Na Fox News, Karl Rove, um dos principais estrategistas políticos , lembrou que a Chrysler foi salva da falência graças a um resgate financeiro autorizado pelo governo em 2009, tratando-se de uma “retribuição de favores políticos”. “Isso é o que acontece quando o governo vai para a cama com o mundo dos negócios, como foi o caso do resgate das companhias de automóveis. Isto é um sinal do que acontece quando o Presidente dos EUA e os seus vassalos políticos usam o dinheiro dos contribuintes para comprarem publicidade empresarial, dinheiro que nunca será devolvido”.

Por outro lado, o jornal ‘The Washington Post’ noticiou nesta segunda que o comercial foi elogiado pelo diretor de campanha de Obama, David Axelrod, e pelo diretor de comunicações da Casa Branca, Dan Pfeiffer.

Seja qual for a real intenção da propaganda o fato é que ela  não sairá da cabeça dos 113 milhões que assistiram a partida. E você o que achou? Política à parte, eu achei o máximo. A combinação de América, nostalgia e esperança chega a trazer lágrimas aos olhos.
"Estamos no intervalo do jogo. Ambas as equipes estão nos seus vestiários discutindo o que podem fazer para ganhar este jogo na segunda metade.
É o intervalo na América. As pessoas estão fora do trabalho e isso está doendo. E eles estão todos perguntando o que eles vão fazer para ter um retorno. E estamos todos com medo, porque isso não é um jogo.
O povo de Detroit  sabe algo sobre isso. Perderam quase tudo. Mas todos nós revertemos juntos, agora Motor City está lutando novamente.
Eu vi  épocas difíceis, muita recessão na minha vida.  Parece que nós perdemos nosso coração às vezes. Era quando a névoa da divisão, discórdia e culpa tornava difícil ver o que vem pela frente.
Mas após os ensaios, todos nós reunimo-nos em torno do que era certo . Porque é o que fazemos. Nós encontramos uma maneira através de tempos difíceis, e se não conseguirmos encontrar um caminho, em seguida, faremos um.
Tudo o que importa agora é o que está à frente. Como podemos chegar até lá. Como podemos chegar juntos. E, como ganhar.
Detroit mostrando-nos que pode ser feito. E, o que é verdade sobre eles é verdade sobre todos nós.
Este país não pode ser nocauteado com apenas um golpe. Nós nos recuperaremos rápido e quando fizermos isso o mundo vai ouvir o ronco dos nossos motores. É, estamos no intervalo, América. E nosso segundo tempo também está para começar"
                             IMPORTED FROM DETROIT...