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segunda-feira, 11 de abril de 2011

o novo SHMI (Setor Habitacional Miami)






Conheça o novo SHMI (Setor Habitacional Miami)Queda no valor dos imóveis e valorização do real têm impulsionado brasilienses a comprar apartamentos de temporada na cidade norte-americana. Saiba se vale a pena

Diego Amorim

Publicação: 10/04/2011 11:00 Atualização: 10/04/2011 13:53
Segundo corretores brasileiros que negociam em Miami, uma unidade de três quartos pode ser adquirida por R$ 320 mil: preços inferiores aos cobrados em várias cidades do DF. (Nádia Medeiros/CB/D.A. Press./D.A Press)
Segundo corretores brasileiros que negociam em Miami, uma unidade de três quartos pode ser adquirida por R$ 320 mil: preços inferiores aos cobrados em várias cidades do DF.

Nada de Ipanema, litoral paulista ou algum outro lugar ao sol do Nordeste: os brasilienses elegeram Miami como cidade para comprar apartamentos de temporada. Imobiliárias, arquitetos, designers e lojas de decoração estão atentos ao fenômeno que atiça um público seleto disposto a investir em condomínios de luxo voltados para o mar em solo norte-americano. A desvalorização do dólar, a crise nos Estados Unidos e alta nos valores dos imóveis no Brasil aqueceram esse mercado sem fronteiras. Os voos diretos entre Brasília e cidades da Flórida também ajudam a impulsionar os investimentos.

A procura por imóveis em Miami ganhou força na capital do país no ano passado. Os endinheirados do Distrito Federal respondem por cerca de 35% dos negócios fechados com brasileiros, segundo Adriana Serson, radicada nos Estados Unidos e especialista no mercado imobiliário residencial de luxo. “Os principais compradores são de Brasília, de Minas Gerais, de São Paulo e do Rio de Janeiro”, completa. Em apenas um condomínio de alto padrão e bem localizado, 20 apartamentos pertencem a famílias brasilienses em busca de conforto durante as férias.

Corretores afirmam que com US$ 200 mil — cerca de R$ 320 mil — é possível adquirir um apartamento de três quartos em Miami. O preço do metro quadrado tem variado entre R$ 3 mil e R$ 6 mil: valores semelhantes aos cobrados em Samambaia, mais em conta do que em Águas Claras e, em alguns casos, quase um terço dos anunciados no Noroeste. “O cenário está muito convidativo. Não são somente os ricos que estão aproveitando este bom momento”, comenta Pedro Abdala. No início deste ano, ele abriu em Brasília, em parceria com um sócio em Miami, uma imobiliária para vender imóveis nos Estados Unidos.

Após o estouro da bolha americana, no fim de 2008, o preço dos imóveis por lá chegou a despencar 80%. Além dos que têm comprado apartamentos para passar o verão com a família — a maioria, por sinal —, o mercado imobiliário no sul da Flórida começa a despertar a atenção de investidores brasilienses. Como o baque da crise foi tão forte, a tendência agora é de valorização. “Os preços com certeza vão subir daqui para frente e as pessoas estão percebendo isso”, aposta Abdala. Sem promover qualquer trabalho de divulgação, ele conta ter feito três vendas desde a inauguração da empresa.

Novo boom
Brasileiro residente em Miami há 20 anos, o corretor Márcio Guimarães chega a dizer que “a América nunca viu uma procura tão grande por imóveis em um só lugar”. Eufórico, ele garante que, com cerca de R$ 60 mil, é possível comprar uma quitinete a poucos metros da praia. “O pessoal está comprando de balde: chega e compra, sem muita conversa. O que no Brasil se consegue por esse preço?”, questiona. Russos, europeus e moradores de países como Colômbia e México, relata Guimarães, também invadiram Miami. “É um novo boom. A valorização é certa e segura”, sustenta.

De olho no potencial dos compradores estrangeiros, bancos americanos financiam até 65% do valor dos imóveis, com taxas de juros de 5% a 6% ao ano. O corretor Leonardo Farias, de outra imobiliária candanga que percebeu Miami como filão, diz ter vendido sete unidades nos últimos seis meses. “A procura está cada vez maior. No evento que fizemos para apresentar empreendimentos na Flórida, tivemos a presença de 150 interessados”, conta. Imobiliárias de Brasília vêm recebendo visitas de donos de construtoras americanas com o intuito de fechar parcerias.

Apesar do discurso de que “qualquer um” pode ter um apartamento em Miami, a clientela ainda é formada principalmente por gente bem-sucedida e com dinheiro de sobra. São, na maioria, empresários acima de 45 anos, com filhos, que trabalham em ramos como construção civil e concessionárias, que gastam em torno de R$ 1,2 milhão na compra e pagam à vista. Há ainda médicos, advogados e servidores públicos do alto escalão. Em geral, eles mostram interesse no investimento pela proximidade com Disney e falam em aproveitar as viagens para aprimorar o inglês e fazer compras.

Sem escalas
Duas companhias aéreas fazem atualmente o trecho para Miami, sem escalas, partindo do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek: American Airlines e TAM. Ambas oferecem quatro voos semanais. A viagem dura cerca de sete horas.

Fique atento
Os imóveis nos Estados Unidos tendem a subir de preço, como reforçam os corretores, mas ninguém tem garantia absoluta de valorização. Todo investimento tem seu risco. É importante lembrar que o câmbio é flutuante e que, ao longo do financiamento, os juros podem deixar de ser fixos.

Os interessados precisam levar em conta os custos para manter um imóvel no exterior. O valor médio da taxa de um condomínio de luxo é de US$ 400 — cerca de R$ 640 — mensais, incluindo o direito a uso de internet e de toda a área de lazer. A alíquota do IPTU é de 2% do valor do imóvel: um apartamento de R$ 320 mil, por exemplo, tem uma taxa anual de R$ 6,4 mil.

Ao adquirir imóvel no exterior, o investidor deve se atentar às regras de tributação. Os recursos desembolsados com impostos fora nem sempre podem ser compensados no Brasil. Geralmente, os corretores orientam os brasileiros a adquirir o bem em nome de pessoa jurídica porque, em nome de pessoa física, a compra obriga o pagamento de tributo em caso de morte do proprietário, que pode chegar até a quase metade do valor de mercado.

Outro ponto importante em relação à tributação: se o investidor vender o imóvel, terá que pagar ao Fisco brasileiro 15% sobre o valor da diferença do dólar entre o momento da compra e da venda do bem, mesmo que não tenha ocorrido ganho de capital.

Os brasilienses representam 35% dos brasileiros que fazem negócios nos EUA: compras no fim de semana (Arquivo/Greater Miami Convention - 28/2/11)
Os brasilienses representam 35% dos brasileiros que fazem negócios nos EUA: compras no fim de semana

dica do Alex

domingo, 10 de abril de 2011

real atinge recorde em relação do dólar

O real nunca esteve tão valorizado em relação ao dólar. Cálculos com base na taxa real de câmbio mostram que o poder de compra da moeda brasileira praticamente dobrou em relação ao verificado em julho de 1994, início do Plano Real.É como se o dólar estivesse 50% mais barato do que naquela época. Ou seja, o brasileiro pode comprar o dobro do que compraria com os mesmos reais. Se for considerado o mês de dezembro de 1998, véspera da liberação do câmbio, o dólar estaria cerca de 40% mais barato. Por muito menos foi dada uma reviravolta na política cambial.
Entre os motivos para essa valorização da moeda brasileira está a forte entrada de dólares no país no primeiro trimestre deste ano. Foram US$ 35,6 bilhões, maior valor da série iniciada em 1982 pelo Banco Central. É também mais que o dobro do recorde anterior, verificado no mesmo período de 2006 (US$ 17,7 bilhões).Outra forma de medir o nível da taxa de câmbio é o índice Big Mac, divulgado pela revista "The Economist", que mede o preço do sanduíche nos EUA e Brasil em dólar e mostra um real sobrevalorizado. Por esse índice o dólar deveria estar em 1,75. A Folha de hoje informa, em reportagem de Valdo Cruz e Sheila D’Amorim, que Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), desceu a língua na estratégia empregada pelo Ministério da Fazenda para lidar com a valorização do real. Tratava-se de uma reunião fechada com um grupo de empresários ligados à CNI (Confederação Nacional da Indústria). Coutinho sugeriu que o Ministério da Fazenda, cujo titular é Guido Mantega, precisa de um dólar fraco para conter a inflação — que já atingiu a banda superior da meta no acumulado de 12 meses. Ou por outra: com um dólar mais valorizado, a inflação dispararia.Segundo Coutinho a indústria está sendo destruída. Afirmou ainda que sua crítica é endossada por outros ministros, como Fernando Pimentel (Indústria e Comércio) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Acho que a chapa vai esquentar para o Mantega. Convém lembrar a frase do economista Mario Henrique Simonsen, A inflação aleija, o câmbio mata. Mantega não está acreditando que pode morrer.