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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Por que o índice de fundos imobiliários (Ifix) não para de subir.

SÃO PAULO – Os investidores que buscam por uma rentabilidade acima da oferecida pela renda fixa tradicional e, ao mesmo tempo, têm aversão ao risco encontraram nos fundos de investimento imobiliários (FIIs) um porto seguro. O Ifix, índice da B3 que reúne essas carteiras, tem operado em patamar recorde. No último dia 18, fechou aos 3.012 pontos, um ganho de 28% no ano. E, para 2020, a tendência é de continuidade da valorização, embora por motivos diferentes do que os que marcaram o ano de 2019. Um dos motivos para a apreciação dos fundos do Ifix reside na queda mais acentuada da taxa básica de juros. A Selic já caiu de 14,25% ao ano, em outubro de 2016, para os atuais 4,5%. No início de 2019, contudo, a expectativa era de que os juros, que estavam em 6,50% ao ano, subiriam para 7% em dezembro, segundo o relatório Focus do Banco Central.
Nesse cenário, os FIIs ficaram mais atrativos, uma vez que oferecem, em geral, um retorno acima da Selic e ainda contam com isenção de Imposto de Renda para as pessoas físicas. Já os motivos que justificam a continuidade dessa valorização em 2020 são outros. O que deve impulsionar a categoria é o maior aquecimento da economia brasileira e, consequentemente, do mercado imobiliário.
“O crescimento mais forte da economia em 2020 vai contribuir para a alta dos aluguéis de shoppings. Além disso, esperamos uma retomada dos investimentos, que vai aumentar a demanda das empresas por lajes corporativas. O efeito disso é a alta do aluguel”, diz Alcebiades Buarque, assessor independente da XP Investimentos.